CEA participa da luta contra a diminuição de áreas verdes em Pelotas

Grupo diversificado definiu agenda de ações pela defesa das áreas verdes. Foto: Antonio Soler/CEA

Nenhum metro de área verde a menos!!!! Mais que uma “palavra de ordem”, essa é a ideia motivadora dos ambientalistas/ecologistas, professores, estudantes, arquitetos, artistas, gestores ambientais, biólogos, servidores públicos, aposentados, advogados, blogueiros, jornalistas que representaram ONGs e instituições públicas na reunião de hoje, 27.05.15, nas dependências da FAURB/UFPel para tratar de discutir ações a serem desenvolvidas pela qualificação das áreas verdes de Pelotas/RS, tendo como símbolo a defesa da Praça Palestina, hoje ameaçada pela proposta da Câmara de Vereadores em lá construir sua sede.

Os presentes entendem não haver base legal e nem justificativa urbanística para diminuir áreas verdes locais, bens de uso comum do povo e, por isso mesmo, inalienáveis. Ao contrário, já que todas as estimativas apontam que Pelotas tem necessidade de aumentar suas áreas verdes e não diminuí-las.

Além da defesa da Praça Palestina, ficou decidido a busca firme e inegociável do Parque Urbano de Pelotas, numa área próxima a referida Praça, retomando a luta pela sua implantação. O Parque foi definido pelos debates públicos quando da construção do III Plano Diretor de Pelotas, mas acabou sendo desfigurado por emendas na Câmara de Vereadores, a qual cedeu ao lobby dos proprietários de parte da área em questão.

Também foi pauta a  retomada pela luta da implantação Parque Urbano de Pelotas. Foto: Antonio Soler/CEA

Assim, entre outros encaminhamentos e providências, os presentes decidiram pela elaboração de documentos onde serão apontados aspectos urbanísticos, ecológicos, legais, sociais, sobre a importância de manter, ampliar e qualificar as áreas verdes e a arborização urbana.

Os documentos serão entregues a Câmara de Vereadores, a Prefeitura Municipal e aos órgãos de controle ambiental como o COMPAM, COMPLAD, Ministério Público, Tribunal de Contas, dentro outros.

Junto à Câmara, o grupo pretende ainda que sejam realizadas reuniões e Audiências Públicas para discutir o tema com transparecia e de forma democrática, já que até o momento isso não aconteceu, uma vez que a reunião realizada na vizinhança da área verde em questão não foi divulgada com tempo hábil e legal, bem como não foi precedida de chamamento amplo e público, fato que a descaracteriza como Audiência Pública. Dai a razão para que a mesma tenha contada com a participação somente de poucas pessoas que não receberam informações complementares, críticas e/ou contrárias a obra, ou seja, um contraponto em igual medida que sua defesa.

O grupo também deliberou por várias atividades, como eventos públicos e reuniões com diversas instituições e movimentos sociais, bem como pelo chamado ativismo digital pela internet. Em breve divulgaremos aqui.

A próxima reunião do coletivo será na própria Praça Palestina, na próxima segunda, as 15:00hs, quando será realizado uma ato em defesa e pela qualificação das áreas verdes, com um piquenique na Praça.

Para os envolvidos o movimento em defesa das áreas verdes só tem crescido e ganhado cada vez apoiadores e simpatizantes, especialmente quando são esclarecidos dos impactos urbanísticos negativos de uma obra e atividade desse porte numa área essencialmente residencial, como é a região do entorno da Praça Palestina.

O Vereador Ivan Duarte (PT) e o Vereador Roger Ney (PP) já se mostraram contrários a supressão da Praça Palestina. O Vereador Marcola (PT), além de considerar a Praça Palestina, voltou a considerar a possibilidade da Câmara em construir sua sede em um terreno junto a Estação Rodoviária de Pelotas, oferecido pelo governo local, ou no seu prédio próprio, em frente a sede da Prefeitura Municipal, junto aoGrupo se opoe a possibilidade de diminuição das áreas verdes da cidade. Foto: Antonio Soler/CEA qual já adquiriu um outro imóvel para ampliação e já investiu recursos públicos em um projeto arquitetônico contratado à um escritório particular, o qual ainda não foi executado.

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