Em pleno século XXI ainda presenciamos casos recorrentes de misoginia que inundam as relações sociais de preconceito e desrespeito. O dia 8 de março é antes de mais nada uma data de luta. Luta por uma sociedade mais justa onde uma mulher não seja assediada a cada esquina, luta para que não mais se ganhe 70% menos que o sexo masculino no mercado de trabalho, luta para que o corpo da mulher não seja transformado em um objeto e não seja vendido como um pedaço de carne em um açougue, luta contra a opressão do patriarcado. Opressão que é ainda maior no caso de mulheres negras, homossexuais e transexuais, constantemente hostilizadas em suas particularidades.
A história dos direitos femininos no Brasil é recente. Para se ter uma ideia, apenas em 1932 foi concebido o direito de voto às mulheres nas disputas políticas eleitorais brasileiras. Hoje temos uma presidente mulher, os avanços foram consideráveis, mas o período em que a mulher não possuía voz na sociedade deixou seus resquícios latentes presentes em Bolsonaros espalhados pelo país. A cada passo de conquista temos forças contrárias que vão na contramão da nossa luta. É o que fez o mais novo governador do Rio Grande do Sul, Sartori, ao excluir a secretária da mulheres do Estado para “cortar gastos”.
No período em que se aproxima o Dia Internacional da Mulher, a batalha por uma sociedade mais justa, livre do machismo e da misoginia toma mais evidência. Porém, a luta por igualdade de direitos é diária e se dá em todos os dias de nossas vidas. O lugar da mulher é onde ela quiser e em hipótese alguma ela precisa da permissão de um homem para ser livre!
Viva a luta das mulheres, todas elas merecem respeito!