Artigo: Os Anjos do Albardão clamam por ajuda. Desde 2008

Nota do Editor do AgirAzul.com: O ativista Paulo Guilherme Cavalcanti, conhecido como ‘Pinguim’, publicou no site da Divers for Sharks o seguinte material que reproduzimos por lembrar a luta que algumas pessoas e instituições fazem há 16 anos para a criação de uma Unidade de Conservação no mar e na costa do extremo sul do Brasil para a manutenção de uma rica biodiversidade de aves marinhas e costeiras e aves pelágicas. Pinguim pede, inclusive, ajuda financeira para custear o seu deslocamento para participar das duas audiências públicas previstas pelo ICMBio (ver notícia anterior no AgirAzul).

Pode não parecer, mas lutamos por eles desde 2008

Existem anjos em nossas águas. Anjos de verdade, não sabia?! Pois é, tem sim, ao menos enquanto não são pescados à extinção.

Um anjo que vive nos mares, ameaçado pelo homem.

Eles vivem numa área que precisa ser protegida não só pelos anjos como por várias outras espécies ameaçadas de extinção, entre elas o cação-anjo, a raia-viola e o cação-bico-doce. As tartarugas verde e a cabeçuda e a Toninha, o cetáceo mais ameaçado de extinção do Brasil.

A Divers for Sharks não tem a grana para as custas da viagem, mas pendurou tudo no cartão de crédito e vai estar lá SIM. Ajude com os custos aqui: www.d4s.eco.br.

De onde estamos falando? Da região do Albardão, no extremo sul do Brasil. A futura unidade de conservação federal ocupará aproximadamente 1,6 milhões de hectares, sendo a maioria em ambiente marinho e apenas 21 mil hectares em ambiente terrestre.

“A área também possui uma rica biodiversidade de aves marinhas e costeiras (15 espécies) e de aves pelágicas (27 espécies), tanto residentes quanto migratórias, além de espécies terrestres costeiras e lagunares. Entre os mamíferos terrestres que habitam a praia isolada do futuro parque estão o tuco-tuco-da-praia e o graxaim, enquanto répteis e anfíbios incluem o sapo-da-duna e a lagartixa-da-areia. Vale lembrar que o nome Albardão faz referência ao farol presente na área desde 1909.

A região é considerada de extrema importância desde 2004, de acordo com o mapa do MMA de “Áreas Prioritárias para a Conservação”. Em 2005, foi destacada como fundamental para a conservação dos tubarões e raias do Brasil, e em 2008, o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera apontou a necessidade de proteger a área por meio de uma unidade de conservação.” – ICMBio / Agencia Gov.

Matéria da RBS TV, 2022 Expedição Albardão

O Parque Nacional do Albardão é uma oportunidade econômica única para fazer com que a riqueza natural do Extremo Sul do Brasil seja protegida E utilizada em benefício dos habitantes da região e do Brasil como um todo. Parques Nacionais têm como objetivo a conservação de áreas que englobem ecossistemas com grande importância ecológica e de grande beleza cênica. Não são permitidas áreas particulares dentro dos seus limites. As unidades de conservação contribuem diretamente para a manutenção do patrimônio natural e cultural do Estado e do País. Elas também incentivam as pesquisas científicas, a educação e a informação ambiental, e a preservação das espécies e da diversidade genética. A região do Albardão é um dos recantos mais isolados do sul do Brasil. É uma parada obrigatória para aves e animais marinhos descansarem e se alimentarem.

Em 2008 já se lutava pela proteção de espécies ameçadas nesta área. Em 2015 a Divers for Sharks lutou pela sua criação no CEBUC.

Canal O Eco no YouTube – Campanha em prol da Criação do Parque Nacional de Albardão – matéria de 2015

E chegou a hora das audiências públicas para se escutar a sociedade civil e os cidadãos brasileiros.

A Divers for Sharks estará presente nas duas audiências:

  • Consulta pública do dia 29 de abril/2024
    • 14h
    • Universidade Federal de Rio Grande
    • Campus Carreiros, no município de Rio Grande
  • Consulta do dia 30 de abril/2024
    • 14h00
    • Auditório do LaTur FURG
    • Campus Santa Vitória do Palmar, na cidade de Santa Vitória do Palmar

Dúvidas devem ser encaminhadas por e-mail para: consultapublica@icmbio.gov.br ou por correspondência para o endereço:

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN
Coordenação de Criação de Unidades de Conservação – COCUC
EQSW 103/104, Bloco D, Complexo Administrativo
Setor Sudoeste
Brasília – DF
CEP: 70.670-350

Eu Pingüim Paulo Guilherme estarei presente lá e espero contar com a presença de amigos e companheiros de luta pelo meio ambiente lá, seja presencialmente, seja virtualmente. Vamos terminar esta luta, começada a tantos anos, com uma vitória para o meio ambiente e a vida natural!!!!!

Acesse o Abaixo-Assinado

Reproduzido com autorização do autor. Original aqui neste link.

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Editor

Jornalista, Porto Alegre, RS Brasil.

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