Reunidos em Alegrete, RS, durante três dias (8 a 10/4/2025), técnicos do Instituto Curicaca, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura e convidados – pesquisadores, lideranças da comunidade e agentes públicos locais -, estiveram imersos no planejamento da guardiã de ecossistemas do Bioma Pampa associados ao Rio Ibirapuitã. O evento teve com apoio do GEF Terrestre.
Foram definidos o propósito, a significância, os valores e recursos fundamentais, o zoneamento interno, programas simplificados de apoio à gestão, a zona de amortecimento e indicada a ampliação da UC e a conexão com outras áreas protegidas.
Um ponto crítico foi o processo de litígio que se encontra em parte da UC, aguardando decisão judicial sobre se o Estado já indenizou ou não pelas terras ao antigo proprietário, que depois as teria vendido. A morosidade do processo, cuja causa deve ser levantada, vem prejudicando em muito os objetivos de conservação.
Parte dos participantes da oficina fizeram uma visita à UC na quinta, ao final dos trabalhos e quando as chuvas permitiram, e puderam registrar vestígios de javali, plantas invasoras, fezes de gado, que ainda acessam a área impactando às cactáceas ameaçadas, bem como lixo de acampamentos de pesca realizados na área sob litígio. Para nada disso há sinalização preventiva.
Essas e outras fragilidades trazidas ao longo da oficina, foram a base dos programas simplificados de gestão. Partindo das ameaças à conservação, buscando entender suas causas, propondo ações para revertê-las e identificando parceiros para a implantação. Um tempo foi reservado para entender as limitações de gestão, como a insuficiência em recursos humanos, com apenas uma gestora em meio turno e um guarda-parque.
Em cerca de dois meses o Curicaca finaliza o plano, que será revisado pela equipe da Sema-RS e publicado para torná-lo oficial. Os participantes ficaram motivados para colocar a mão na massa e em participar da renovação do Conselho da UC.
Texto de divulgação no Instagram do Instituto Curicaca – fonte
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