“Atingidos somos nós” aborda as histórias de vida e os impactos socioambientais produzidos pela Hidrelétrica de Itá, localizada entre Aratiba (RS) e Itá (SC). Tese sobre o tema foi defendida na UFRGS em 2017 por Carmem Regina Giongo

O documentário “Atingidos somos nós“, produzido e dirigido pela doutora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS (PPGPSI) Carmem Regina Giongo conquistou o Prêmio de Exibição na categoria “Obra audiovisual de média-metragem” (35 a 50 min) pelo edital de chamada pública Lei Paulo Gustavo em SC.
O filme foi produzido em 2017 e é fruto da tese “Futuro roubado: banalização da injustiça e do sofrimento social e ambiental na construção de hidrelétricas“, defendida em abril daquele mesmo ano por Carmem, sob orientação da professora da UFRGS Jussara Maria Rosa Mendes. Carmem atua também como pesquisadora no Núcleo de Estudos e Pesquisa em Saúde e Trabalho (NEST/UFRGS).
Promovido pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o edital visa selecionar e premiar vídeos catarinenses a serem cedidos e transmitidos pelas emissoras integrantes da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP). “Atingidos somos nós” é um documentário que narra as histórias de vida e os impactos socioambientais produzidos pela construção da Hidrelétrica de Itá, localizada entre as cidades de Aratiba (RS) e Itá (SC).
Segundo Carmem, a produção do documentário e os debates públicos gerados neste processo permitiram o desenvolvimento de estratégias de visibilidade para essa população, representando um importante instrumento de reinvindicação política e social. “A hidrelétrica entrou em operação no ano de 2000 e atingiu cerca de 3.500 famílias. Na época muitos moradores foram reassentados em outras regiões, mas grande parte permaneceu residindo nas comunidades rurais atingidas. Nesta produção, o foco são as narrativas dos agricultores que permaneceram vivendo no entorno do reservatório após a construção da obra. Esses pequenos agricultores vivem em condições muito precárias e estão presenciando o desaparecimento de suas comunidades”, explica a doutora.
O documentário pode ser acessado AQUI e/ou conferido abaixo (38min no YouTube)
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Para saber mais sobre o assunto, acesso o artigo científico “A produção audiovisual com os atingidos pela construção da Barragem de Itá: um relato de experiência” AQUI.
Fonte: Notícias da UFRGS