


“A qualidade de vida em Porto Alegre se deteriora. Cortar o parque com uma pista de automóveis não colabora em nada com o patrimônio ambiental nem com a mobilidade urbana. Não queremos uma via expressa no nível do solo”, argumentou o presidente da Agapan, Alfredo Gui Ferreira, que arrancou aplausos do público presente.

A falta de espaços verdes para o lazer foi lembrada pelo representante do Movimento Menino Deus Sustentável, Ivo Krauspenhar: “Esta é uma necessidade de Porto Alegre. Estive domingo na Redenção e não tem mais espaço!”


Da plateia ecoou o grito “Menos motor! Mais natureza!”
Diante da eloquência dos movimentos, até mesmo o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, teve que concordar que mobilidade deve ser repensada. “No Brasil, lamentavelmente temos uma política errática de valorização do automóvel privado”, criticou, sem, entretanto, fazer uma autocrítica à atual gestão da perfeitura, que vem priorizando a ampliação de circulação de automóveis em detrimento de ciclistas e pedestres.
Apesar do rechaço do Executivo à inclusão do rebaixamento projeto de lei – que será votado nesta quarta-feira, às 14h – a prefeitura cedeu e irá ampliar a área do Parque até a beira do rio, incluindo a Usina que, contraditoriamente, estava fora dos limites originais da futura área de lazer.
Texto: Naira Hoffmeister / Imprensa Agapan