Minimanual para cobrir as mudanças climáticas será lançado segunda, virtualmente

 Na próxima segunda-feira (31/8/2020), será lançado virtualmente o “Minimanual para cobertura jornalística de mudanças climáticas”. A atividade será realizada às 18 horas por transmissão ao vivo na página do Facebook do Observatório do Clima (OC).

Participarão a jornalista e autora do livro Diário do Clima, Sônia Bridi, e da Secretária Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, Andrea Santos. A mediação será do coordenador de Comunicação do Observatório do Clima, Claudio Ângelo.

O minimanual tem organização das pesquisadoras Márcia Franz AmaralEloisa Beling Loose e Ilza Maria Tourinho Girardi. A publicação tem como objetivo evidenciar a urgência e necessidade de discutir a cobertura da crise climática. Destinado a jornalistas, acadêmicos e estudantes, o guia reúne uma série de recomendações e dicas para contribuir com a disseminação e qualificação da pauta ambiental no Brasil.

Resultado de uma parceria entre o Grupo de Pesquisa Estudos de Jornalismo (UFSM) e o Grupo de Investigación Mediación Dialéctica de la Comunicación Social da Universidad Complutense de Madrid (MDCS, Espanha), a publicação é uma versão ampliada e em português do decálogo “Los Medios de Comunicación y el Cambio Climático publicado na Espanha pelo MDCS e Ecodes (Fundación Ecologia y Desarrollo) [Link para acessar  o decálogo: https://ecodes.org/hacemos/cambio-climatico/movilizacion/medios-de-comunicacion-y-cambio-climatico].

O decálogo foi subscrito por cerca de 100 meios de comunicação espanhóis que se comprometeram a cumprir os pontos do documento (entre eles El Pais, La Vanguardia, RTVE, Cadena SER e eltiempo.es), e acaba de ser editado no Brasil por uma iniciativa da pesquisadora Márcia Franz Amaral, que em missão pelo CAPES Print (Projeto Institucional de Internacionalização) apresentou a proposta na reunião do Observatorio de la Comunicación del Cambio Climático na Universidade Complutense de Madrid. A versão brasileira foi editada em parceria com o Grupo de Pesquisa Jornalismo Ambiental (UFRGS/CNPq) e, além das recomendações inspiradas no documento espanhol, traz verbetes técnicos ligados ao tema.  

Para a professora Márcia Franz Amaral, entre os desafios da cobertura sobre mudanças climáticas está o de aproximar o tema das pessoas, mostrando, por exemplo suas relações com alguns desastres que o Brasil vivencia periodicamente. Além disso, temas muito importantes no país como o desmatamento e a as desigualdades sociais também integram o debate. “Os jornalistas precisam de apoio para fazer um jornalismo crítico tanto em iniciativas mais especializadas, quanto em produtos noticiosos que visam à popularização dos termos técnicos sobre as mudanças climáticas e o manual tem esta intenção”, explica Márcia.

A pesquisadora Eloisa Beling Loose, especialista na área de Comunicação e Clima, afirma que a cobertura sobre o tema ainda é restrita no país, sendo focada sobretudo em consequências, e não nas soluções ou respostas à emergência climática. “É preciso descentralizar o debate climático, que é urgente, e apontar suas interfaces com saúde, economia e estilo de vida, por exemplo. O jornalismo desempenha um papel relevante para agendar o debate público e até influenciar na governança ambiental”, pontua.

Já para a professora e líder do Grupo de Pesquisa Jornalismo Ambiental, Ilza Girardi, a publicação do minimanual surge num momento crucial em que a humanidade precisa repensar seus rumos para o enfrentamento das mudanças climáticas, que é um processo que está em curso graças às políticas desenvolvimentistas adotadas pelos países, em especial os mais ricos. Nesse contexto, o papel do jornalismo é fundamental para informar corretamente e alimentar a sociedade com informações que vão subsidiar as ações de luta por políticas pensadas a partir da natureza.

Também participaram da produção de conteúdo e da edição do minimanual alunos de mestrado e doutorado dos dois grupos de pesquisa. O projeto gráfico e editoração do e-book foram executados pela acadêmica de Desenho Industrial Tayane Senna, e as ilustrações pela também acadêmica de Desenho Industrial, Polyana Santoro, do Laboratório de Experimentação em Jornalismo da UFSM (LEX), coordenado pela professora Laura Storch e pelo jornalista Lucas Missau. A obra é uma publicação da Editora Facos.

A edição tem 52 páginas. São oito textos com os seguintes temas:

  • Apresentação, por Sonia Bridi
  • Um manual para ampliar a discussão sobre as mudanças climáticas na imprensa
  • Por que tratar do clima em tempos de pandemia?
  • Dez conselhos para a cobertura jornalística das mudanças climáticas
  • Dez verbetes para compreender a questão do clima
  • Dez conceitos que cercam o tema
  • Dez questões fundamentais para pensarmos nossa realidade
  • Dez fontes jornalísticas documentais sugeridas para a cobertura
Serviço
  • O quê: lançamento do “Minimanual para cobertura jornalística de mudanças climáticas”
  • Quando: 31/08 (segunda-feira)
  • Local: página do Facebook do Observatório do Clima (OC) https://www.facebook.com/ObservatorioClima
  • Horário: 18 horas 
  • Mediação: Claudio Ângelo, coordenador de Comunicação do OC
  • Convidadas: Sônia Bridi, jornalista e autora do livro Diário do Clima; e Andrea Santos, Secretária Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas

Apresentação do manual: Eloisa Beling Loose, uma das organizadoras da publicação, pesquisadora na área de Comunicação e Clima (UFRGS)

Link para publicação: https://jornalismoemeioambiente.com/minimanual/

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