O terceiro dia de programação do 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos, que se realiza em Porto Alegre, contou com oficinas, apresentações de trabalhos e artigos, palestras, visita guia ao prédio do Centro Cultural UFRGS, mini-cursos, diversas sessões, início de exposições e encenação teatral gratuita na Praça Glênio – Caliban, com a Tribo de Atuadores Ói Nois Aqui Traveiz.
Entre as várias Sessões Temáticas, uma tratou sobre “Conflitos e Desastres Ambientais”, com a arquiteta e professora Cláudia Pires e o advogado integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Leandro Scalabrin. Eles lembraram que casos de rompimento de barragens exemplificam a lógica de máxima exploração dos recursos, em detrimento da preservação dos direitos humanos.
Outro tema surgiu da pergunta Você consegue citar o nome de três arquitetas mulheres reconhecidas nacional ou internacionalmente? A partir dessa questão, o coletivo Arquitetas Invisíveis procura instigar as profissionais do setor a buscarem referências femininas para seus trabalhos. O assunto foi tratado na Sessão “Mulheres e arquitetura: atuação e estratégias”.
Palestra – A revisão do Plano Diretor Estratégico de São Paulo, aprovado em 2014 em contexto de conflitos, foi o tema de uma das palestras do dia 11. Fernando Túlio, presidente do IAB-SP e assessor da Prefeitura de SP à época da revisão, disse que o principal desafio foi gerado pela produção desordenada de novos empreendimentos do setor imobiliário.
Túlio apresentou dado que embasou parte dos estudos: nos dez anos anteriores à revisão do plano, o setor imobiliário movimentou R$ 94,68 bilhões – soma do valor geral de vendas no período. Desse valor, R$ 1,25 bilhão foi capturado via outorga onerosa do direito de construir para o Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb) – pouco, na avaliação do presidente do IAB-SP.
Fonte, com edição: IAB